O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é considerado hoje o maior vestibular do Brasil. Essa informação foi publicada pelo portal de notícia G1, na ocasião em que a avaliação completou 20 anos, já que mais 500 universidades públicas e particulares utilizam a nota na seleção de novos alunos.

Mesmo que você já tenha se formado na primeira graduação, é possível prestar o exame. É importante saber onde usar a nota do Enem, caso você tenha interesse em ingressar em algum curso superior de ampla concorrência. Não para por aí: a nota do exame também pode ser utilizada para outras situações, como a participação em programas de bolsas de estudo e o financiamento do governo federal.

Se você está cogitando a possibilidade de voltar aos bancos universitários para um novo curso de graduação, continue a leitura deste post e saiba mais sobre onde usar a nota do Enem!

Em que consiste a prova do Enem hoje?

Desde a primeira edição do Enem, em 1998, o exame proposto pelo Ministério da Educação com o intuito de mensurar o grau de conhecimento individual dos alunos do Ensino Médio cresceu e ampliou tanto os conceitos quanto as finalidades.

Hoje, a importância do Enem é tamanha que a edição de 2018 registrou 5,5 milhões de inscritos, e como dissemos na introdução, foi elevado à categoria de maior vestibular do país ― sobretudo em razão do número de participantes e da quantidade de instituições que utilizam as notas dos alunos.

Se você já fez uma faculdade, é possível que tenha se submetido a essa prova alguma vez. Acontece que, de lá para cá, a prova mudou de cara e de estilo. As primeiras edições consistiam de um caderno único, com pouco mais de 60 questões e uma redação, respondidas no mesmo dia.

O modelo atual é bem mais denso, já que a prova se tornou mais extensa. A edição de 2019, que acontece nos dias 3 e 10 de novembro, segue o modelo dos últimos anos: 180 questões de múltipla escolha ― 90 para cada dia ― e uma redação. A prova é dividida em 4 áreas do conhecimento, com 45 questões cada. São elas:

  • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
  • Ciências Humanas e suas Tecnologias;
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • Matemática e suas Tecnologias.

A redação, por sua vez, segue o modelo dissertativo-argumentativo. A partir de uma frase-tema e recortes de textos motivadores, o aluno deve construir sua produção textual com começo, meio e fim, apresentando propostas de intervenção para uma possível solução à situação-problema apontada.

Se já tenho uma graduação, onde usar a nota do Enem?

Como explicamos, essa avaliação não se restringe unicamente a alunos do Ensino Médio, podendo ser utilizada por pessoas de diferentes formações e idades. Para saber exatamente onde usar a nota do Enem, veja 6 aplicações nos tópicos a seguir.

Complemento ao vestibular tradicional

Essa forma de usar a nota do Enem acompanha toda a história do exame: acontece quando as faculdades permitem que o aluno utilize a nota do exame como complemento às suas notas no vestibular.

Cada instituição tem seus próprios critérios de aceitação das notas, mas normalmente é feito um cálculo matemático que determina uma equivalência de pontos para a nota obtida no Enem. Em cursos muito concorridos esse recurso pode fazer uma grande diferença para o candidato.

Ingresso direto

Há instituições que aderiram à nota do Enem como critério para ingresso direto de novos alunos. Assim como no tópico anterior, cada faculdade determina como a nota será validada.

Entre os critérios de eliminação de candidatos podem existir itens como não ter atingido a nota mínima estipulada pela faculdade na prova de múltipla escolha ou zerado a redação.

SiSU

O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) foi criado pelo governo federal para que os alunos participantes possam concorrer a vagas em universidades públicas utilizando exclusivamente a nota do Enem.

A grande vantagem desse sistema é que os estudantes não precisam mais ficar viajando pelo Brasil e prestando concursos vestibulares, pois uma única nota vale para todas as universidades.

A seleção acontece duas vezes por ano e segue alguns critérios-base, como ter participado da edição do Enem do ano anterior e não ter zerado a redação. Vale lembrar que cada curso e universidade apresentam diferentes notas de corte de acordo com a concorrência.

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi criado pelo governo federal em 1999 e tem o intuito de financiar cursos de graduação de estudantes sem condições econômicas para cursar universidades privadas. O Fies pode ser utilizado por pessoas que desejam cursar uma segunda graduação.

Nesse financiamento público, o estudante pode financiar de 10% a 100% do curso, e o pagamento só começa a ser feito depois da formatura. Caso o profissional já esteja empregado, as parcelas serão descontadas diretamente do salário.

O Fies é dividido em 3 modalidades, com diferentes taxas de juros, conforme a renda familiar de cada estudante. Em alguns casos, os contratos são assinados a juros zero.

Para participar, a renda familiar não pode ultrapassar 5 salários mínimos ao mês. Além disso, é uma exigência que o candidato tenha participado do Enem em qualquer edição a partir de 2010 e obtido no mínimo 450 pontos, sem ter zerado a redação.

ProUni

Um pouco mais recente que o Fies, o Programa Universidade para Todos (ProUni) surgiu em 2004. Também destinado a alunos sem condições financeiras de custear uma faculdade privada, o ProUni oferece bolsas parciais integrais para cursos de graduação nessas instituições.

Têm direito a concorrer a bolsas integrais os estudantes com renda familiar bruta de até um salário mínimo e meio ao mês. Já as bolsas parciais podem ser requisitadas por estudantes com renda familiar bruta mensal de até três salários mínimos. Esse programa é destinado somente a quem vai cursar a primeira graduação.

Assim como no Fies, o candidato precisa ter obtido 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação. A diferença é que só é admitida a nota do exame do ano imediatamente anterior ao da inscrição no ProUni.

Faculdades no exterior

Caso você tenha interesse em cursar uma graduação no exterior, saiba que vários países aceitam utilizar a nota do Enem como quesito para ingresso. Somente em Portugal, mais de 30 instituições têm acordos de cooperação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Até mesmo universidades norte-americanas e do Reino Unido aceitam o exame brasileiro como complemento aos critérios de aprovação de novos estudantes. Vale saber, no entanto, que a nota do Enem não exclui a participação nos vestibulares e processos seletivos locais.

Agora que você já sabe onde usar a nota do Enem, temos uma boa notícia: a Faculdade Arnaldo Janssen é uma das instituições presentes em Belo Horizonte (MG) que aceita a nota do Enem para o ingresso de novos alunos.

Com opções de cursos presenciais e em modalidade EAD (a distância), a Faculdade Arnaldo figura entre as mais importantes da capital mineira. Foi criada em 2001 e pertence à respeitada Congregação do Verbo Divino, que atua em mais de 100 países.

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